domingo, 15 de dezembro de 2013

Polo cervejeiro em Porto Alegre

Neste final de semana aconteceu o evento Cervejomaníacos em Porto Alegre, que já está na sua terceira edição. Participei ativamente pela primeira vez e, confesso, tive um sentimento contraditório.

O evento se considerava o maior do estado do Rio Grande do Sul, mas onde estavam as nossas cervejarias? Claro, estavam lá a Província, Alenda Bier, entre outras… mas e o pessoal do Polo Cervejeiro?

O Rio Grande do Sul é um importante centro cervejeiro no Brasil. A colonização alemã foi significativa no começo do século XX, mas o renascimento das microcervejarias, que começou na década de 1970 nos Estados Unidos, chegou também nas bandas de cá: hoje são 37 microcervejarias no estado (números da Associação Gaúcha de Microcervejarias). Isso sem considerarmos as mais de duas centenas de associados da Acerva Gaúcha (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul), formadores de opinião e disseminadores da boa cerveja.

O mercado na capital gaúcha não é diferente, são 10 microcervejarias hoje instaladas em Porto Alegre. Temos algumas já proeminentes no mercado nacional e a primeira microcervejarias/brewpub do Brasil também nasceu aqui: a Dado Bier, que começou em 1995 e nos apresentou estilos pouco conhecidos nacionalmente.

Outro fato inédito encabeçado aqui no estado é o polo cervejeiro que se criou no bairro Anchieta, região industrial próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Das dez cervejarias de Porto Alegre, sete estão situadas em quadras muito próximas deste bairro.

As microcervejarias Babel, Baldhead, Irmãos Ferraro, Lagom, Seasons, Távola e Tupiniquim produzem em media cinco mil litros por mês e vendem, em geral, diretamente para bares e restaurantes – exceto a Baldhead e Seasons que são distribuídas também pela Drinkability, deistribuidora exclusive da Brooklyn no RS.

Naturalmente, seria de se pensar na existência de uma concorrência acirrada entre estas cervejarias, mas o espírito de parceria falou mais alto e mesmas se uniram e resolveram trabalhar juntas buscando um fim melhor para o coletivo. As sete compram suas matérias primas conjuntamente para reduzirem seus custos de produção. Do malte às garrafas, fazem uma programação de compra e pagam apeas um frete, aos invés de sete. O resultado disso é muita cerveja de qualidade e já alguns prêmios. A cervejaria Seasons trouxe três medalhas do concurso South Beer Cup, edição de 2012, com suas Red Ale, IPA e Dry Stout, respectivamente, Wallace, Gren Cow e Cirilo.


Belo modelo a ser copiado e valorizado! Para um evento de qualidade e que celebra a cultura cervejeira, era imprescindível a presença destas cervejarias.





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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Entrevista de rádio sobre cerveja e saúde

Pessoal,

Em função do Segundo Encontro de Cervejarias Artesanais e Cultura Alemã que aconteceu em Feliz, fui convidada a dar uma entrevista para a rádio Vale Feliz sobre os benefícios da cerveja para a saúde.



Convido-os a escutar!




Até mais e não deixem de acessar também a Penz Bier no Facebook:







quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Jazz e cerveja


Pessoal,

Na próxima terça-feira, dia 22 de outubro, acontecerá o Brassando Ideias. Trata-se de um evento cervejeiro onde, nesta edição, haverá um bate papo com Rodrigo Ferraro, da Cervejaria Irmãos Ferraro intercalado com o jazz maravilhoso do duo Bethy Krieger e Luizinho Santos. Os útimos, donos do Café Fon Fon, casa que tão gentilmente nos receberá.

Mas por que cerveja e jazz? No caso dessa noite, testemunharemos o trabalho cuidadoso de ambas as partes. Tanto no jazz como na cerveja há espaço para improvisação, mas apenas quando há talento e perceberemos isso intuitivamente.


Degustaremos quatro rótulos: Weiss, Bitter, Stout e... bem, o último rótulo é uma surpresa da Irmãos Ferraro para quem aparecer. Ah! Algumas comidinhas acompanharão os três primeiros rótulos.

Esparamos vocês lá!




sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Novo jantar na Casa Cardozo!

Pessoal,

Hoje acontecerá mais um jantar na Casa Cardozo e, com ele, apresentarei mais três estilos de cerveja!

Mas antes de falarmos sobre estes estilos, gostaria de lembrar que temos algumas regrinhas para harmonizar cerveja com gastronomia:


  • A primeira regra é lembrar sempre que a cerveja e o prato precisam ter a mesma intensidade: cervejas leves com pratos/alimentos leves e cervejas fortes com pratos/alimentos fortes. Na cerveja devemos observar o teor alcoólico, o amargor, o corpo, a tosta do malte, entre outros elementos que se destaquem na bebida. Já no alimento, nos atentamos para a gordura, o dulçor, temperos e molhos adicionados, como foi cozido, etc;
  • Podemos harmonizar cerveja e comida por semelhança, onde buscamos a harmonia entre os aromas e sabores de ambos;
  • Também há harmonização por contraste, onde busca-se elementos contrastantes que favoreçam a ambos sem que nenhum se destaque de forma negativa. Usei esta regra no último jantar, quando servimos uma ganash de chocolate branco e preto (doce) com uma fruit beer de cereja (ácida).
Mas vamos às cervejas!

A primeira que serviremos será uma Saison, um subestilo das Farmhouse Ale. São cervejas condimentadas de origem Belga. Leves, carbonatadas, que apresentam acidez, muitas vezes remetendo a limão e laranja. Este tipo de cerveja me lembra elementos terrosos, a fazendas. Por isso a escolhi para harmonizar com o Fattoush, que é uma tradicional salada libanesa e, que em seus ingredientes, traz a acidez, o condimentado e o terroso. Aqui harmonizaremos por semelhança!


Acompanhando o segundo prato, que será um ensopado de cordeiro, também harmonizarei por semelhança, mas também tive uma grande preocupação com a potência do ingrediente principal - o cordeiro. Esta carne tem uma gordura elevada além de um dulçor específico, então escolhi uma cerveja com alto teor alcoólico e dulçor vindo do malte. Degustaremos uma Chimay Bleue, uma cerveja trapista, de origem belga, do estilo Dark Strong Ale. Podemos esperar desta bebida um frutado intenso, lembrando uvas e ameixas passa, licor e maltes tostados.


E para finalizar nosso jantar, teremos uma sobremesa chamada Crumble de Maçã, que é uma torta de maçã assada, com uva passa, nozes, açúcar mascavo... aqui busquei a harmonização por contraste, pois servirei uma Dry Stout, onde minha intenção é equilibrar o dulçor da sobremesa com o café e o chocolate amargo desta cerveja. Assim, arrematamos o jantar com o cafézinho final!



Ficaram com vontade? Eu também!! Quem sabe nos vemos em um próximo jantar! E não deixem de me acompanhar também no Facebook: https://www.facebook.com/PenzBier

Até mais!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cervejas especiais e o antirrestaurante


Pessoal,

Hoje gostaria de falar sobre dois assuntos que me interessam bastante: cerveja e gastronomia.

Nessa nova jornada como sommelier de cervejas tenho aprendido muito sobre o universo da gastronomia, coisa que para mim, antes de começar a estudar, era puramente intuitivo e descomprometido. Uma refeição bem feita era apreciada (muito!) mas não era consciente. Por favor, não me entendam mal: continuo achando que as refeições prazerosas precisam ter todas essas qualidades, mas eu, como sommelier, me sinto na obrigação de oferecer a refeição completa, a experiência sensorial como um todo, com a esperança de que quem está experimentando tenha, sim, um momento descontraído e delicioso.

Quando fui buscar parceiros para começar a disseminar a cultura cervejeira (sempre tendo em mente a gastronomia como parceira) procurei resgatar referências já conhecidas e que me identificava. Quem me conhece, sabe que gosto do novo, do diferente, mas com cara de "em casa", de descontração. Foi aí que comecei a conversar com o Marcos Cardozo, proprietário da deliciosa Casa Cardozo

A Casa Cardozo é um antirrestaurante situado em Porto Alegre. Sem perguntar antes ao Marcos, me arrisco em dizer que foi o primeiro por essas bandas. Mas o que é um antirrestaurante? Também conhecido por underground restaurants, supper clubs, puertas cerradas, entre outros nomes, seu conceito é o seguinte: um chef de cozinha ou pessoa que simplesmente gosta de cozinhar, resolve tocar o próprio negócio e tem a chance de cozinhar para desconhecidos em sua casa. O resultado disso? Sempre uma experiência diferente para o dono do negócio, que faz novos amigos e também o fazem os frequentadores. 

O antirrestaurante do meu amigo Marcos é uma casa normal, com decoração moderna e aconchegante, onde ouvimos boa música (sei que é relativo), jantamos otimamente bem (isso não é relativo) e conhecemos sempre gente interessante e diferente, pois compartilhamos a mesa com quem mais fez a reserva para a noite.



Acrescentar a minha parte, a harmonização das comidas deliciosas do Marcos com cervejas especiais, foi muito fácil. Poder me "preocupar" com que os convidados degustarão é um prazer enorme e descobrir que amo fazê-lo é uma honra.

No dia 4 de outubro teremos mais um jantar harmonizado, onde você também pode participar e confirmar o que estou tentando contar por aqui. Faça já a sua reserva e depois divida aqui com todos o que achou!



Aproveitando: leia sobre novidades cervejeiras na minha fan page no Facebook:
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Fruit Beer

Olá pessoal!

Hoje falarei sobre a última cerveja que degustaremos no jantar harmonizado na Casa Cardozo.

Esta cerveja não se parece com nada que você já experimentou! Ela tem cor rubi, é carbonatada e doce. Possui sabor de cereja e framboesa. Seu teor alcoólico é de 3,6%. Harmonizaremos a Floris Kriek com uma sobremesa de chocolate.



Neste estilo, uma Fruit Beer, a base da cerveja é variável, à escolha da cervejaria. No caso da Floris, foi utilizada uma cerveja de trigo. É levemente turva e doce em função desta base e a suave acidez apresentada vem da cereja adicionada à bebida.

A Floris é fabricada pela Huyghe, cervejaria que fabrica a famosa Delirium Tremens (cerveja do elefantinho rosa), e tem vários sabores diferentes como morango, pêra, maçã, framboesa, entre outras.




Até mais!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Wit Bier

Bom dia, pessoal!

Hoje falarei de mais uma cerveja que servirei no jantar de 7 de setembro, na Casa Cardozo.

Beberemos a cerveja Blanche des Neiges (Branca de Neve) como acompanhamento da entrada do jantar.


Este estilo de cerveja (já abordado aqui no blog, na sugestão de harmonização com pastel de queijo) tem uma história interessante. As Witbier eram um estilo muito popular na Bélgica no século XVII e desapareceram do mercado ao final da Segunda Guerra Mundial. 

Em 1966, um leiteiro da cidade de Hoegaarden, famosa por suas cervejas de trigo, resolveu fabricar a sua própria cerveja usando uma velha receita guardada na memória. Se não fosse Pierre Celis, este estilo teria desaparecido para sempre!

A cerveja de trigo belga é feita com trigo não maltado (diferentemente das Weizenbier alemãs). É turva e de coloração amarelo palha. Os toques temperados e frutados vem também da adição de especiarias, como o coentro, e da casca de laranja curaçao. Espera-se ao beber uma cerveja refrescante e seca.

Sugestões e comentários? Escreve aqui ou na fan page do Facebook: https://www.facebook.com/PenzBier


Até mais!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Colorado Indica - IPA

Bom dia, pessoas!


Logo logo teremos um jantar harmonizado em Porto Alegre - mais especificamente na Casa Cardozo - então, gostaria de apresentar a vocês as cervejas que degustaremos na noite de 7 de setembro.

Hoje falaremos da cerveja que acompanhará o prato principal: A Colorado Indica.


A Índica é uma India Pale Ale, da escola inglesa, que possui amargor pronunciado e teor alcoólico de 7%. O toque brasileiro é a adição de rapadura na cerveja, que confere maior corpo a esta cerveja.

Mas vocês sabem o que é uma India Pale Ale, ou IPA? 

Com a fundação do Império Britânico, e seus grandes navios, surgiu um dos mais famosos estilos de cerveja. 

Na época da colonização da Índia pelos ingleses, os comerciantes, administradores e  soldados em serviço naquelas terras contavam com os suprimentos vindos pelo mar para abastecê-los. O comércio era controlado pela Companhia das Índias Orientais, que transportavam da Índia para a Inglaterra riquezas como especiarias, algodão, seda, tintura índigo, salitre e chá. 


Em determinado momento, já não havia muitos produtos a serem embarcados nos navios e a cerveja se tornou uma oportunidade de rendimentos estáveis. 

Hoje fala-se muito sobre o surgimento das IPAs e o fato de ter sido um movimento calculado pelas cervejarias britânicas, que a adicionavam doses extras de lúpulo às cervejas e as faziam com maior teor alcoólico com o intuito de ajudar a preservar a cerveja na viagem até a Índia, mas a história não é bem essa.

A História conta que a IPA não foi o primeiro estilo enviado nem o mais popular. Também não era conhecida por este nome até 1830. Há evidências de que outras bebidas alcoólicas já eram exportadas, como a Cidra (bebida fermentada de maçã), a cerveja Porter e uma cerveja com cerca de 2,5% de ABV (volume de álcool).

A IPA surgiu da cervejaria Hodgson's de Londres que, na década de 1750, vendia a sua cerveja October na Índia, uma Pale Ale com mais lúpulo que as demais. Era transportada em navios ao lado de outras cervejas. A dura viagem pelo mar, com mudanças constantes de temperatura à medida que os navios atravessavam o Equador, acelerava o processo de maturação. Os navios sacudiam muito, o que aumentava o contato das cervejas com os barris de carvalho. Esse movimento não afetou muito os outros estilos de cerveja, mas transformou a cerveja da Hodgson. Então se fala que a cerveja não foi feita para a viagem e sim, a viagem que fez a cerveja. 

O estilo foi aprimorado pelas cervejarias da cidade de Burton, que possuía uma água mais dura, com mais minerais, mas isso já é outra história...

As características sensoriais típicas desta cerveja são:
  • Amargor e teor alcoólico médio-alto a alto;
  • Notas de lúpulos ingleses devem estar presentes no aftertaste (retrogosto);
  • Aroma floral de lúpulo acompanhado de aroma frutado;
  • Corpo médio e presença moderada de malte.
O que esperar da Colorado Invicta: uma cerveja com corpo, amargor e teor alcoólico significativos. harmoniza muito bem com pratos condimentados e complexos.

Espero que gostem e quem experimentar, deixe aqui as suas impressões!

Até mais!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Brasil Brau

Oi pessoal!

Em 25 de junho participei do primeiro dia da Brasil Brau. Trata-se da maior feira de tecnologia na produçãõ de cerveja do país.


A Brasil Brau - Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja já se firmou não só como o maior evento profissional da indústria cervejeira no país, mas também como um encontro imperdível para todo o setor. A cada edição, o público pode conferir as novidades apresentadas pelos expositores de equipamentos, insumos e acessórios para o setor, além de provar os lançamentos das microcervejarias que participaram do Degusta Beer.

Em paralelo, o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira reúne profissionais de renome, atuantes no mercado nacional e internacional, para a apresentação de palestras e mesas redondas com novas técnicas e soluções para diversas aplicações do processo produtivo da cerveja.
Quem expõe:
- Distribuidores
- Consultorias do universo cervejeiro. 
- Fornecedores insumos e matérias primas.
- Empresas de equipamentos e processos para cadeia produtiva.
- Equipamentos para envasamento e embarrilamento.
- Cursos voltados para este mercado. 
- Sistemas de automação.
- Editoras e representantes de literatura técnica.
Quem visita:
- Profissional ligado à indústria cervejeira, seja operante da indústria ou de setores ligados à ela
- Profissionais da área de consultoria da indústria cervejeira
- Profissionais pertencentes à associações e/ou entidades do setor cervejeiro
- Profissionais de Editoras/Editorias ligadas ao setor cervejeiro

Por que expor:
- Público focado
- Grande representatividade do setor
- Networking/divulgação e lançamentos
- Presença de toda cadeia produtiva

Qual é a sua cerveja preferida?

Olá pessoal,

O tema de hoje deriva de duas perguntas que ouço com freqüência:

  1. Rosária, me diz qual é a melhor cerveja?
  2. Não entendo muito de cerveja, me indica uma?
A minha resposta é sempre "depende". Por que?

As pessoas têm gostos diferentes, sensibilidades diferentes e viveram coisas diferentes. Somos seres muito sensoriais e queremos sempre repetir experiências que nos foram prazerosas! Por isso costumo investigar que tipo de bebida a pessoa gosta antes de sugerir uma cerveja. 

Abaixo, apresento um quadro que tirei do livro "Vamos Falar de Cerveja - Um Guia Completo" da sommelier de cervejas inglesa Melissa Cole:



Não há regras fixas, nem significa que estas serão suas cervejas preferidas, mas é uma boa porta de entrada.

Vamos experimentar? Se alguém tiver alguma dúvida ou quiser dividir as suas experiências, estarei por aqui.


Até mais!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cerveja do Luis Fernando Veríssimo



Olá pessoas!

O meu primo, Rubem Penz, recentemente entrevistou o incrível Luis Fernando Veríssimo e, numa inocente troca de "posts" por aqui, me lançou o desafio de achar uma cerveja que combinasse com o escritor. Peguei a tarefa com unhas e dentes e larguei algumas vezes, mas acho que achei a cerveja com a cara do Luis Fernando!

Fiz uma lista de características e qualidades que enxergo nele e fui atrás. Espero que ele me perdoe, pois é sabido que o LFV é ateu. Entretanto, a cerveja escolhida foi uma Dopplebock.
Cerveja originariamente produzida pelos monges Paulinos, na Alemanha, tem coloração variada, mas muitas vezes apresentada na cor rubi.
Por possuir o "dobro" de malte de uma Bock, tem teor alcóolico próximo aos 10% (ABV). Bastante complexa, assim como apresenta a doçura do malte, também tem o amargor do lúpulo presente (leve).
Costuma ser bebida em estações frias, como se fosse um conhaque.
Gaúcho, doce, irônico, colorado, complexo... Sera que reconheceste o LFV aí, Mano?






quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como armazenar a sua cerveja

Pessoal,

Vamos falar hoje sobre o armazenamento da sua cerveja.

Alguns fatores são importantíssimos: temperatura, iluminação e posição da cerveja.

A menos que você compre uma cerveja feita para envelhecer na garrafa, o ideal é armazená-la  em um local frio, seco, escuro e em pé.

No calor, a cerveja envelhece precocemente e sendo, em geral, uma bebida fresca e jovem, queremos bebê-la com o sabor mais próximo possível da sua fabricação.

O lúpulo é muito sensível e reage facilmente à luz, perdendo completamente seus sabores e aromas quando a cerveja é exposta. Por isso, grande parte das garrafas de cerveja são da cor âmbar (marrom). As cervejas com garrafas verdes e transparentes possuem lúpulos modificados para que sejam mais resistentes.

Devemos deixar a cerveja em pé, pois o líquido em contato com o ar e com a tampinha pode gerar oxidação, alterando o sabor e a qualidade da cerveja.



Já as cervejas com rolha de cortiça, não correm este risco.


Então, de acordo com o mestre cervejeiro da cervejaria Brooklin, o melhor lugar para se armazenar cerveja é a geladeira, local mais frio, seco e escuro que temos em casa!


Até mais!

domingo, 21 de julho de 2013

Harmonização de cerveja com pastel de queijo

Olá!

Tomar cerveja significa ter um momento prazeroso com a família e os amigos. Um momento leve e descontraído. Se já temos este prazer bebendo uma boa cerveja, por que não podemos associa-la também à comida?

Tenho falado aqui sobre estilos, mas quero começar a falar também sobre harmonização. Combinar a cerveja que adoramos com o prato correto (e vice-versa),  pode se transformar em uma experiência positivamente inesperada, onde um realça o sabor do outro.

Entretanto, minha intenção aqui não é complicar (pelo menos, não agora) e sim mostrar para vocês que é possível harmonizar simples pratos, que todos temos acesso, com uma boa cerveja.

Não sei vocês, mas tenho loucura por pastel de queijo. Desde os mais simples, até os mais refinados (já comeram pastel de queijo brie com geléia de damasco?).


Pois é, nada mais simples que um pastel de queijo. E com qual cerveja podemos harmonizar esta iguaria encontrada em bares e feiras?

Como se trata de um prato com queijo apenas (desde que não seja feito com queijos muito fortes, como os queijos azuis), devemos harmonizar com cervejas mais leves, para que a bebida não se sobreponha à iguaria.

Tenho duas sugestões de acompanhamento: uma Weizenbier ou uma Witbier. E qual a diferença? Gosto muito das duas e a escolha é uma decisão pessoal.

A Weizenbier é uma cerveja de origem alemã feita com, pelo menos, 50% de malte de trigo (weizen significa trigo). Leve e refrescante, mas ao mesmo tempo com um corpo mais denso, uma vez que não é filtrada. Nascida na região da Baviera, ainda é tomada no café da manhã da região, acompanhada de pretzels. Tem um sabor frutado, onde podemos sentir aroma e sabor de banana e cravo. Possui uma espuma abundante. 



A Witbier também é feita de trigo, mas é diferente da cerveja alemã. É uma cerveja belga, onde usa-se na produção o trigo não maltado e são temperadas com sementes de coentro e cascas de laranja. São mais claras que as Weizenbier e também turvas. Seu aroma e sabor são agradavelmente cítricos e secos.



As duas cervejas também podem vir na versão Kristall, onde passam pelo processo de filtragem.

Ficaram com vontade de testar uma dessas sugestões? Me contem depois.

Até mais!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cerveja e feijão

Pessoal,

Recentemente estive no Rio de Janeiro e tive oportunidade de comer feijão preto de várias formas (quem me conhece sabe que adoro feijão!): bolinho de feijoada, pastel de feijão preto, o nosso brasileiríssimo feijão com arroz e uma feijoada maravilhosa, no Bar do Mineiro, em Santa Teresa.

Fui pesquisar sobre a história da feijoada e aprendi que se trata de uma derivação de pratos europeus, diferentemente do que imaginava. A informação que tinha era de que se tratava de um prato de escravos. Olhem só parte do texto do site Petit Gastro:


Bom, o feijão preto é de origem sul-americana e fazia parte da dieta dos índios.

Como eu adoro feijão e também adoro cerveja, precisava achar uma forma de juntar essas duas paixões.

Estive duas vezes no Delirium Café, em Ipanema, primeiro bar do estilo nas Américas, que possui aproximadamente 350 rótulos, além de 10 torres. Lá pude provar alguns rótulos, conversar com meus amigos e harmonizar o excepcional Bolinho de Feijoada com uma Rauchbier da Bamberg.


Para quem não conhece o estilo, a Rauchbier é uma cerveja originária da Alemanha. É feita com   malte defumado, que remete à carnes defumadas, principalmente bacon. 

Reza a lenda que uma cervejaria foi incendiada, defumando o estoque de malte (rauch significa fumaça, em alemão). O dono, por ser muito pobre, vendeu a cerveja assim mesmo e, para sua surpresa, a bebida caiu nas graças da população local.

Verdade ou não, esta cerveja de sabor muito particular, casou perfeitamente com o Bolinho de Feijoada, complementando o sabor do feijão, couve e carnes de porco, que fazem parte do recheio.

Próxima feijoada? Indico uma Rauchbier. 

Marcas mais fáceis de encontrar: 




Até mais!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A TABELA PERÍÓDICA DA CERVEJA!

Olá pessoas!

Desde que voltei do curso, percebo que tenho falado bastante sobre cerveja com as pessoas a minha volta. Juro que tento não ser chata (beer-chata) e tendo a responder às perguntas que me fazem. Após perguntarem qual é a minha profissão.,ouço o famoso comentário de que "tenho a melhor profissão do mundo!". As dúvidas vão surgindo e vou respondendo, claro, muito empolgadamente.
Para algumas pessoas, já consegui apresentar novas cervejas e também harmonizações, o que foi muito interessante, pois a impressão é que um mundo novo se abriu para elas e, pessoas que sempre me falaram que não gostavam da bebida, descobriram seu estilo. Ou, pelo menos por enquanto, tentaram.
Well, todo esse blá blá blá para dizer que quero apresentar uma forma teórica de conhecer a enorme quantidade de estilos de cerveja e que, de uma forma mais instruída, pode-se ir a um bar ou loja de cervejas especiais e pedir a sua cerveja!
Meu sonho é guiar a todos, pois sou uma idealista, mas também seria bem legal receber o feed back das pessoas que se aventuraram sozinhas nesse "novo" mundo incrível e delicioso da cerveja!

E com vocês: A TABELA PERÍÓDICA DA CERVEJA!


Até mais!

domingo, 23 de junho de 2013

Como se faz cerveja?

Olá pessoas!

Vocês conhecem como se faz cerveja?

Hoje vou compartilhar esse fluxograma da revista Mundo Estranho com vocês. Caso tenham alguma dúvida, queriam trocar alguma idéia ou fazer alguma observação, deixem um comentário!


Até mais!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Novidades a caminho!

Pessoal,

Gostaria de dividir com vocês que novidades estão chegando! Mais uma etapa na minha nova vida como
sommelier de cerveja que, em breve, ficarão sabendo. 

Uma dica?

Até mais!




terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifestações e música

Não dá para ignorar o momento histórico que estamos vivendo e acredito que cada um, da sua forma, deve multiplicar o que está acontecendo para o máximo de pessoas possível.

Vamos falar muito sobre o assunto! Vamos falar sem cansar!

Estamos vivendo uma época crônica de falta de cultura e educação. Se não fazem por nós, que façamos por nós!!

A pior ignorância é conscientemente fechar os olhos para o momento histórico que estamos vivendo.

E se não acabar em pizza, que acabe com rock!


Engenheiros do Hawaii - Toda Forma de Poder


http://www.youtube.com/watch?v=tGs3Tuk1Pp0


Legião Urbana - Que país é esse? 


http://www.youtube.com/watch?v=CqttYsSYA3k


 \m/


Até mais!!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Zitogastronomia

Vamos praticar zitogastronomia?

Sabe o que é?

É o termo usado para abordar a harmonização de pratos com cervejas especiais.

Tudo de bom, não é?

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Já ouviu falar de Eisbock?

Eis em alemão significa gelo! E isso significa uma Bock estupidamente gelada? Não!!
Reza a lenda que esta cerveja surgiu de um erro. O mestre cervejeiro teria esquecido barris de Doppelbock na rua em um dia muito frio. Parte do líquido congelou e o que restou foi uma cerveja com sabor ainda mais acentuado!
Uma Eisbock tem excelente equilíbrio entre o forte sabor do malte e a sensação alcoólica. Sua cor varia entre o cobre e o marrom escuro. É bastante encorpada e tem baixa carbonatação.

Falando sério, não ficou com vontade de provar?

Doppelbock


Olá pessoas!

Vamos continuar falando das Bocks? Hoje falaremos sobre a Doppelbock (duas vezes Bock).

Esta cerveja é mais forte, normalmente mais escura, mais maltada e pouquíssimo amargor. O sabor do malte caramelo tostado é bastante perceptível. Em geral, em 7% de álcool, mas pode chegar até 13% - nestes casos, pode-se perceber o álcool no sabor.


Falando especificamente sobre a cerveja acima: a Paulaner Salvator. 
A cervejaria Paulaner, localizada em Munich, deve as suas origens aos monges que em 1634 começaram uma produção que era de uso próprio do monastério e o que sobrava era distribuído para a população carente daquela cidade. A Paulaner Salvator costumava ser consumida pelos monges como o "pão líquido" durante o jejum da Quaresma. 

O rótulo representa a lenda em que, durante a visita anual do duque da Baviera à cervejaria Paulaner, ele bebia uma caneca da “Sankt Vater Bier” ou da “Salvator” e, enquanto bebia, o irmão Barnabás lhe dizia o que o povo da Baviera realmente pensava sobre o seu reinado.

E com o que podemos harmonizar uma Dopplebock? Que tal uma bela tábua de queijos, contendo Gruyère, Parmesão, Rochefort, Gorgonzola... Ou então uma bela massa à carbonara (principalmente se for a do meu pai)?


Até mais!