terça-feira, 30 de abril de 2013

Belgian Golden Ale

Pessoal,

Boa noite!

Hoje respondo à sugestão de rótulo do meu amigo Thiago Domingos.
Ele sugeriu a cerveja Leffe Blonde.





A Leffe Blonde é uma cerveja do estilo Belgian Golden Ale - que pessoalmente adoro! Trata-se de uma cerveja de Abadia, que costuma ter aromas perfumadíssimos, combinando de forma equilibrada o malte e o lúpulo. Tem um corpo médio, espuma cremosa e ótimo drinkability. Seu teor alcoólico varia de 6% a 7,5% e cor que varia de um amarelo claro ao dourado.
O que mais tenho a dizer? Thiago, na próxima me convida! Chego acompanhada de uns bolinhos de bacalhau. Que tal?

Até mais!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

German Weissbier ou Weizenbier

Bueno, como vão todos?

Conforme prometido, hoje falarei sobre as cervejas de trigo. Pedido feito pelo meu amigo Eduardo Kasper.




Vamos lá!

As German Weissbier ou Weizenbier (sendo que weiss significa branco e weizen, trigo no idioma alemão) são cervejas muito apreciadas na Alemanha, país de origem. De acordo com as leis deste país, para ser considerada uma cerveja de trigo, é necessário que em sua composição tenha, pelo menos, 50% de malte de trigo. O restante deve ser composto de malte de cevada. 

Em geral, sua apresentação é turva, mas também possui sua versão filtrada, chamada de Kristallweizen sendo, então, translúcida.

Pessoalmente prefiro as turvas, principalmente as que tem o prefixo Hefe (que significa fermento, em alemão). Este prefixo apenas informa que a cerveja não foi filtrada e que ainda há resíduo de fermento na garrafa, aumentando a turbidez.

Dentro deste estilo, temos três sub estilos: a Weizenbier, a Dunkelweizen e a Weizenbock. Então vamos lá:

Weizenbier: originária do sul da Alemanha, é a cerveja bebida no verão. Tem teor alcoólico entre 4,3% e 5,6%. Tem um leve sabor frutado - normalmente de banana - é clara, turva e espuma abundante.

Dunkelweizen: dunkel significa escuro, em alemão. Possui o mesmo teor alcoólico da anterior, entretanto, costuma levar mais trigo que as Weizen claras. Contém de 60% a 70% de malte de trigo em sua composição. O restante da mistura é de malte de cevada mais torrado. De cor cobre-escura, também tem a versão Hefe, apresentando sedimentos na garrafa. Também sentimos um sabor sutil de banana.

Weizenbock: podemos dizer que é uma versão mais forte, com teor alcoólico mais elevado (de 6,5% a 8%) da Dunkelweizen. A presença do malte é bastante percebida, assim como toques de cravo e banana. Sua cor também assemelha-se à Dunkelweizen.

Esta cerveja costuma harmonizar bem com comidas leves e queijos... bom demais!

Kasper, espero que tenha gostado.

Ainda aceito sugestões!

Até mais!


sábado, 27 de abril de 2013

Conte seu estilo preferido!

Pessoal,

Boa tarde!

Hoje quero propor algo diferente. Quero pedir a ajuda dos amigos e leitores para escrever o blog. Tenho recebido alguns posts através do facebook sobre qual cerveja as pessoas estão bebendo. Estas são suas cervejas preferidas ou estão testando novos estilos?

Minha proposta então é: me mandem um rótulo ou estilo que costumam beber ou que possuem curiosidade que, a cada dia, falo um pouco da história e do estilo desta cerveja. Que tal?

Espero ansiosamente pelo seu comentário publicado aqui embaixo!

Um ótimo final de semana a todos e até mais!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lagers


Pessoal,

Boa tarde!

Vamos conversar sobre as famílias de cerveja?
Há três grandes famílias de cerveja. São divididas desta forma em função do tipo de fermentação: as Lambic, as Ales e as Lager
Como a preferência dos brasileiros é por uma bem gelada, vamos ser democráticos e começar pelo estilo mais “novo”, a Lager.
Esta família é conhecida por ter cervejas mais leves e translúcidas, principalmente em função das American Lager, estilo mais vendido no Brasil.
A Lager mais antiga surgiu na Alemanha, na região de Munique. De acordo com o Larousse da Cerveja, a partir da segunda metade do século XVI, algumas cervejarias alemãs foram proibidas de produzir no verão, mas lhes era concedida permissão para produzir nos meses frios e guardá-las para serem consumidas no período quente. Para que não estragassem com o tempo de armazenamento e com o aumento de temperatura (lager significa “guardada”, “armazenada”), as cervejas eram guardadas em adegas frias e úmidas. Sem saber explicar o motivo, perceberam um sabor acentuado, aparência clara e leve. Posteriormente, descobriu-se que as leveduras, responsáveis pela turbidez das cervejas Ale, tendem a não se flocular em baixas temperaturas. Houve uma seleção natural dos micro-organismos responsáveis pela fermentação, gerando uma nova cepa que fermenta no fundo, também é conhecida como baixa fermentação.
A cerveja mais emblemática e antiga, fabricada até hoje, é a Pilsner Urquell (que significa “com origem na cidade de Pilsen”). A cidade de Pilsen fica na antiga Boêmia, hoje República Tcheca. A Pilsner Urquell foi fabricada pela primeira vez em 1842. É uma cerveja clara, carbonatada com sabor acentuado de lúpulo e bastante refrescante.



Na mesma época, começaram a fabricar, também na região da Boêmia, os hoje famosos cristais. Anteriormente as cervejas eram servidas em canecas de louça, madeira, estanho e até couro. O casamento não poderia ter sido melhor: cristais servindo uma cerveja translúcida e com colarinho perfeito!
Falamos das American Lager, das Pilsen, mas todas as cervejas da família Lager são claras e translúcidas? Não! Também há Lagers escuras e mais encorpadas, como as Traditional German Bock, também bastante conhecidas por nós brasileiros, principalmente no inverno.



Nos falamos mais amanhã!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Risottos

Boa noite, pessoas!

Uma das coisas boas da vida é a surpresa. Temos um roteiro programado, mas um evento inesperado acontece e mudamos o plano de vôo!

Havia me planejado para falar hoje sobre a família de cervejas Lager, mas participei de um workshop sobre risotos e achei que seria legal dividir com vocês. E por que não começar a me arriscar e sugerir harmonizações?

O Chef Adriano, daqui de Campos do Jordão, é professor do Senac. Demonstrou duas receitas de risoto: a tradicional e a tostatta.



No método tradicional, o chef fez um risoto de funghi secchi porcini. Ainda estou no começo do curso de Sommelier de Cerveja e não comecei a estudar as harmonizações. Entretanto, tendo feito alguns estudos paralelos e um pouco de gosto pessoal, sugiro harmonizar este risoto incrivelmente saboroso, que tem entre seus ingredientes vinho branco seco, cervejas de estilo Vienna Lager. Estas cervejas tem coloração que variam de marrom-avermelhado até um acobreado. Tem um corpo médio e um aroma de malte, com leve doçura. Em contraponto, possui um amargor do lúpulo suave e bastante satisfatório. Seu volume de álcool pode variar entre 3,8% e 4,3%. Tem personalidade para acompanhar este prato gostoso para o frio aqui de Campos. Sugestão: Brooklyn Beer.



Já o risoto do método tostatta - que, entre outras coisas, tem como premissa não mexer o arroz a todo momento para que crie uma casquinha no fundo da panela - tem como principal ingrediente o açafrão. Aqui, me arrisco a sugerir dois estilos entre meus preferidos: Belgian Triple ou Belgian Golden Strong Ale. São cervejas com teor alcoólico mais elevado e um bom equilíbrio entre os maltes e o lúpulo. Sugestão: Eisenbahn Golden Strong Ale. 



Confesso que testarei pessoalmente e convido-os a fazer o mesmo para depois trocarmos opiniões a respeito. Que tal?

Por hoje é só. Até mais!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Reinheitsgebot


Pessoal, vamos falar hoje sobre pureza e sobre qualidade!

Hoje (23 de abril) é o aniversário de 497 anos da Reinheitsgebot da Alemanha, que nada mais é do que a Lei da Pureza na produção de cerveja. Podemos dizer que foi o primeiro selo de qualidade da história!

Em 1487, surgiu a primeira regulamentação sobre a fabricação de cerveja, que foi decretada pelo Duque Albrecht IV, da Baviera. Este decreto serviu de inspiração para, em 1516, os duques Wilhelm IV e Ludwig X, instituirem a Reinheitsgebot (Lei da Pureza), fazendo com que produtores utilizassem apenas água, malte de cevada e lúpulo. Na época, a levedura ainda não havia sido descoberta e acreditava-se que a fermentação era um acontecimento divino. Posteriormente, a levedura foi incluída na Reinheitgebot.

O motivo da criação da lei? Impedir que os cervejeiros usassem o trigo e o centeio, grãos necessários para a produção de pão, na fabricação de cerveja. Com a escassez destes , o alimento encarecia para a população. Sabe-se hoje que a cerveja de trigo não teve a produção interrompida, mas era uma concessão dada pelo Duque.

Em 1871, com a unificação dos reinos, a Lei da Pureza foi implementada em toda Alemanha, dando ao governo ferramentas para fiscalizar a qualidade e recolher impostos sobre a produção.

A Reinheitsgebot ainda é considerada um selo de qualidade e os produtores que mantém suas cervejas usando apenas os quatro ingredientes são extremamente respeitados. Entretanto, a lei foi extinta pela corte alemã em 1988. Demanda da globalização e do livre mercado.

Até mais!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Slow Food

Pessoal,

Gostaria de dividir meu dia de ontem com vocês.
Eu havia comentado que iria visitar uma fazenda de lúpulo, mas acabou sendo uma experiência bem mais ampla. Mas vamos começar do começo.

Sobre a fazenda:


Trata-se da residência do Rodrigo Veraldi e sua família. Entre outras coisas, ele planta pequenas frutas vermelhas (berries), uvas cabernet, merlot e pinot noir (além de fabricar um raro vinho), azeitonas portuguesas (e produz o azeite), castanha portuguesa (que Rodrigo prentende obter delas a ração animal, mas também processa-las para confecção de doces, farinhas, pães e, quem sabe, produzir cerveja com o malte da castanha).





Mas fomos lá para ver a plantação de lúpulo, certo? Certo! Trata-se de uma pequena amostragem de humulus lupulus onde, este ano, se conseguiu uma simbólica produção. Para nossa surpresa - estudantes do curso do Senac - ganhamos dois terços desta produção para testes! Então, ficarei devendo a informação sobre a qualidade do lúpulo.



Mas nossa visita não acabou aí! A fazenda procura disseminar a cultura do slow food e fomos agraciados com um almoço maravilhoso, com 80% dos ingredientes produzidos na propriedade. Além de degustarmos um novíssimo cabernet, claro... Olhem só o menu:





Bom, e para finalizar o dia, fomos até a Pedra do Baú, também em São Bento do Sapucaí, e vimos um por do sol inspirador!





Nos falamos de novo amanhã!

Ah! Segue o link da fazenda do Rodrigo: http://www.pequenasfrutas.blogspot.com.br

domingo, 21 de abril de 2013

Monteiro Lobat, Hare Krishna e Lúpulo

Bom dia, pessoas!

Conforme comentei com vocês, fui visitar uma amiga em Taubaté e o reencontro foi muito legal. Além das muitas horas de conversa, visitamos dois lugares lindos. Fomos ao Sítio do Pica Pau Amarelo, onde Monteiro Lobato passou sua infância e passeamos entre as árvores centenárias e assistimos a uma fofura de peça junto com as crianças. Os personagens ficam circulando pelo sítio... confesso que voltei no tempo e me emocionei!


Fomos à noite na Nova Gokula, em Pindamonhanguaba. Trata-se de uma uma fazenda que abriga uma comunidade Hare Krishna desde 1978. O local fica aos pés da Serra da Mantiqueira. Como fomos à noite, não pude ver as belezas naturais do local, mas a receptividade é grande e, em função das comemorações que estavam acontecendo naquela data, pude experimentar uma culinária vegetariana maravilhosa!



Hoje, dia 21 de abril, visitarei uma fazenda de lúpulo!!
Para os que não sabem, o lúpulo é um dos quatro ingredientes que compõe a cerveja (água, malte, lúpulo e levedura) e é o responsável pelo amargor. Falei rapidamente dele no texto sobre a Abadessa, quando citei também a sua propriedade de conservante natural.



Amanhã conto para vocês como foi a visita e o que os proprietários estão fazendo para conseguirem um lúpulo em condições de ser usado na produção da cerveja, pois hoje 100% do lúpulo utilizado no Brasil é importado.

O lúpulo é uma planta bastante sensível às condições climáticas, então ainda não conseguimos resultados efetivos no Brasil. Os principais produtores de lúpulos hoje são a Alemanha, os Estados Unidos, a a República Checa, Inglaterra e a Nova Zelândia. 

Nos vemos novamente amanhã!

Namaste.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sommelier já é profissão!

Pessoal,

Bom dia!

Cheguei faz pouco, depois de um dia cheio, e não queria deixar de postar, então hoje escrevo apenas um drop de informação procês.

Estou preparando textos sobre as famílias de cerveja, começando pelas Lagers, mas como amanhã tenho que acordar cedo para ir para Taubaté e depois para São Luiz do Paraitinga, não foi possível terminar.

Mas vamos ao prometido drop: vocês sabiam que a profissão de sommelier já foi sancionada pela presidente Dilma? Hoje os sommeliers já são reconhecidos por lei! Pena que, por enquanto, vale apenas para os especialistas em vinho.

Até mais!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ranking cervejeiro

17 de abril de 2013

Pessoal, vamos hoje falar de ranking. Vamos conhecer os principais produtores e consumidores de cerveja no mundo. Entretanto, gostaria de alertar que, em se tratando de cerveja, menos é mais: mais qualidade, mais variedade... Como entusiasta da cerveja, devo dizer que beber menos e melhor vale à pena! Aos poucos vamos falar mais sobre isso e agora...

Os campeões mundiais em fazer e beber cerveja!


O Barth-Haas Group, empresa de produtos e serviços relacionados ao lúpulo (um dos principais ingredientes da cerveja), divulgou neste mês uma pesquisa com os quarenta países que mais produzem cerveja no mundo, que juntos correspondem a 91,8% da produção mundial. O grupo identificou que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cerveja.
Dentro desse ranking de quarenta países, o grupo estimou o consumo per capita da população de cada um deles. Nessa categoria, o Brasil fica em 15º lugar, com um consumo de 62 litros por pessoa a cada ano.

Ranking dos principais produtores:

Primeiro lugar – China
Litros e mais litros de cerveja são produzidos na China. Exatamente 48,9 bilhões de litros só em 2011, segundo os dados Barth-Haas Group.
O ranking apontou que o país deu um salto na produção da bebida nos últimos anos. Em 1990, por exemplo, eram produzidos 7 bilhões de litros de cerveja por ano. Em 2000, já eram produzidos mais de 22 bilhões de litros.
Os chineses não são grandes consumidores do próprio produto. No ranking dos que mais bebem, a China aparece em 24º lugar, com um consumo de 36 litros por pessoa a cada ano.

Segundo lugar – Estados Unidos
Os Estados Unidos vêm em segundo lugar na produção de cervejas no mundo, com uma produção de cerca de 22,5 bilhões de litros em 2011. O que chama a atenção é a distância em relação à China, que tem uma produção que supera a americana em mais de 26 bilhões de litros por ano.
Na lista de consumo, os Estados Unidos aparecem em 11º lugar, com um consumo per capita de 75 litros a cada ano.

Terceiro lugar – Brasil
Grandes cervejarias e empresas artesanais contribuíram com um aumento de quase 3,34% na produção de cerveja no Brasil entre 2010 e 2011. No ano passado, o país fabricou 13,3 bilhões de litros da bebida e ficou em terceiro lugar no ranking.
Na categoria consumo, o país empata em 15º lugar com a Hungria, com 62 litros consumidos por pessoa no ano passado.

Quarto lugar – Rússia
Os russos são famosos mundialmente por sua vodca, mas também se destacam quando o assunto é produção de cerveja.
O país é o quarto colocado no ranking mundial da Barth-Haas Group, com 9,8 bilhões de litros produzidos em 2011. Embora o número ainda seja alto, apresenta uma leve queda sobre a produção de 2010, de 10,2 bilhões de litros.

Quinto lugar – Alemanha
Os criadores da Oktoberfest, típica festa regada à cerveja e replicada no mundo todo, também têm lugar garantido no ranking de produção. Em 2011, foram feitos 9,5 bilhões de litros da bebida.
O país é o único que aparece no “Top 5” tanto de produtores quanto consumidores mundiais de cerveja.
Confira nas próximas fotos a posição da Alemanha e de outros países no ranking dos maiores consumidores de cerveja do mundo.

Ranking dos consumidores:

Primeiro lugar – República Tcheca

Não dá para competir com a República Tcheca quando o assunto é consumo de cerveja. Segundo dados da Barth-Haas Group, os moradores do país beberam 143 litros per capita em 2011.
O país produz menos de 2 bilhões de litro por ano, ficando em 22º lugar no ranking de produtores.

Segundo lugar – Áustria

Bem menos que os tchecos, é verdade, mas os austríacos não ficam muito para trás no bar. O consumo de cerveja per capita na Áustria foi de 108 litros em 2011. No quesito produção, o país não tem o mesmo destaque e fica em 32º lugar.

Terceiro lugar – Alemanha (de novo)

O país é o único a aparecer na lista de cinco maiores produtores e cinco maiores consumidores de cerveja no mundo. Enquanto no quesito produção a Alemanha está em 5º lugar, quando o assunto é consumo o país fica em 3º, com 107 litros por pessoa em 2011.

Quarto lugar – Irlanda

Ao lado dos ingleses, os irlandeses têm tradição nos chamados pubs, bares onde a comida típica é estrela ao lado da cerveja. E é nesses bares que a população da Irlanda consumiu parte dos 94 litros per capita registrados em 2011.

Quinto lugar – Polônia

Assim como a Rússia, a Polônia é outro país famoso pela vodca, mas com destaque nos rankings da cerveja. Os poloneses têm o quinto maior consumo per capita da bebida no mundo, com 89 litros registrados em 2011.


Fonte: Exame.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

Abadessa

Complementando:

Para nós, amantes da cerveja, a contribuição da Abadessa foi a descoberta da utilização do lúpulo. A mais antiga fonte escrita sobre a plantação de lúpulo remonta ao início da Idade Média. O plantio de lúpulo foi mencionado pela primeira vez no ano de 763 d.C. em Geisenfeld, na região de Hallertau (sul da Alemanha, que ainda hoje é o mais importante centro de produção, responsável por cerca de 25% da produção mundial). Entretanto, a descrição da capacidade antisséptica do lúpulo foi descrita no ano de 1153 d.C. por Hildegard von Bingen, com as palavras “putredines prohibet in amaritudine sua“ (seu amargor evita a deterioração).

Abadessa no Wiki

16 de abril de 2013

Gente, peço desculpas por copiar o texto da Wikipedia, entretanto entendi que tem bastante informação sobre a Abadessa e, em surgindo mais dados, escrevo novamente. A história dela é incrível para os dias de hoje, imaginem para a época em que ela viveu. Vamos lá:



Santa Hildegarda de Bingen
Retrato de Hildegarda no Liber scivias Domini

Nascimento 1098 em Bermersheim vor der Höhe, Alemanha
Morte 17 de setembro de 1179 em Mosteiro de Rupertsberg, Alemanha
Veneração por Igreja Católica
Beatificação Data ignorada. Veneração pública autorizada em 1324 pelo papa João XXII.
Canonização 1584, em canonização administrativa autorizada pelo papa Gregório XIII, sem cerimônia solene.
Principal templo Igreja de Santa Hildegard, Eibingen, Alemanha
Festa litúrgica 17 de setembro
Padroeira músicos

Santa Hildegarda de Bingen, em alemão Hildegard von Bingen, foi uma monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica informal, poetisa, dramaturga e escritora alemã, e mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha. 

Personalidade muito citada mas de fato pouco conhecida pelo grande público moderno, rompendo as barreiras dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo, se tornou respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos, louvada por seus contemporâneos em altos termos. Hoje é considerada uma das figuras mais singulares e importantes do século XII europeu, e suas conquistas têm poucos paralelos mesmo entre os homens mais ilustres e eruditos de sua geração. Seus vários e extensos escritos mostram que ela possuía uma concepção mística e integrada do universo, ainda que essa concepção não excluísse o realismo e encontrasse no mundo muitos problemas. 
A solução para eles, de acordo com suas ideias, devia advir de uma união cooperativa e harmoniosa entre corpo e espírito, entre natureza, vontade humana e graça divina. Mas não tentou inaugurar uma nova corrente de pensamento religioso; sempre permaneceu fiel à ortodoxia do Catolicismo, e combateu as heresias e a corrupção do clero. Quis acima de tudo desvelar para seus semelhantes os mistérios da religião, do cosmos, do homem e da natureza. Para ela o universo era a resposta para as dúvidas da humanidade, e a humanidade era a resposta para o enigma do universo. Mas, como ela escreveu, se a humanidade não fizesse a pergunta, o Espírito Santo não poderia respondê-la. Foi a primeira de uma longa série de mulheres influentes tanto na religião como na política, e um representante típico da aristocracia cultural beneditina. Orgulhosa de pertencer a uma elite social e espiritual, mostrou-se no entanto humilde e submissa a Deus.

Além de mística, teóloga e pregadora, foi poetisa e compositora talentosa, deixando obra de vulto e original. Também fez muitas observações da natureza com uma objetividade científica até então desconhecida, especialmente sobre as plantas medicinais, compilando-as em tratados onde abordou ainda vários temas ligados à medicina e ofereceu métodos de tratamento para várias doenças. Seus primeiros biógrafos a mencionaram como santa e lhe atribuíram alguns milagres, em vida e logo após a sua morte. Abriu-se um processo de canonização, mas sua causa parou na beatificação. Entretanto, em 1584, sem cerimônia oficial, seu nome foi incluído no Martirológio Romano como santa. 

Em 2012 o papa Bento XVI reafirmou oficialmente sua santidade e a proclamou Doutora da Igreja. Seu dia é festejado em muitas dioceses alemãs. Depois de um longo período de obscuridade, sua vida e obra vêm recebendo atenção crescente desde a segunda metade do século XX; seus escritos começaram a ser traduzidos para várias línguas, muitos livros e ensaios já lhe foram dedicados e foram feitas diversas gravações com sua música. 


segunda-feira, 15 de abril de 2013

E a nova jornada está começando!

15 de abril de 2013

Saio de São Paulo após uma semana de muitos encontros (alguns desencontros), shows, aulas... só coisas boas.
Terminal Rodoviário Tietê: alguém pode me dizer por que rodoviária não tem carrinhos para malas como nos aeroportos?
Well, chego em Campos do Jordão para o primeiro dia da aula de Sommelier de Cerveja. Busco conhecimento, mas fico feliz de, ao final do curso receber uma certificação Brasil (Senac SP) e Alemanha (Doemens).
A pousada é bastante simples (to say the least!), mas sou recebida calorosamente. Após arrumar minhas coisas no quarto, saio para fazer um lanche e já me encaminho até o Senac. O prédio é lindo e tem uma infra estrutura muito boa. Quando a sala é liberada, percebo que, além da professora, tenho apenas mais uma colega do sexo feminino... um mundo novo a ser desbravado! Espaço a ser reconquistado, afinal, a deusa suméria da cerveja é mulher (Ninkasi), a Abadessa foi a responsável pela utilização do lúpulo na bebida, entre tantos outros exemplos femininos relacionados à bebida que foi iescoberta antes da roda!
Aula terminada, após apresentações, história e bate-papo. Ganho carona de um colega de volta para a pousada. Conto que está fazendo 9 graus e tomei banho quase frio??
Amanhã conto mais!