segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Wit Bier

Bom dia, pessoal!

Hoje falarei de mais uma cerveja que servirei no jantar de 7 de setembro, na Casa Cardozo.

Beberemos a cerveja Blanche des Neiges (Branca de Neve) como acompanhamento da entrada do jantar.


Este estilo de cerveja (já abordado aqui no blog, na sugestão de harmonização com pastel de queijo) tem uma história interessante. As Witbier eram um estilo muito popular na Bélgica no século XVII e desapareceram do mercado ao final da Segunda Guerra Mundial. 

Em 1966, um leiteiro da cidade de Hoegaarden, famosa por suas cervejas de trigo, resolveu fabricar a sua própria cerveja usando uma velha receita guardada na memória. Se não fosse Pierre Celis, este estilo teria desaparecido para sempre!

A cerveja de trigo belga é feita com trigo não maltado (diferentemente das Weizenbier alemãs). É turva e de coloração amarelo palha. Os toques temperados e frutados vem também da adição de especiarias, como o coentro, e da casca de laranja curaçao. Espera-se ao beber uma cerveja refrescante e seca.

Sugestões e comentários? Escreve aqui ou na fan page do Facebook: https://www.facebook.com/PenzBier


Até mais!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Colorado Indica - IPA

Bom dia, pessoas!


Logo logo teremos um jantar harmonizado em Porto Alegre - mais especificamente na Casa Cardozo - então, gostaria de apresentar a vocês as cervejas que degustaremos na noite de 7 de setembro.

Hoje falaremos da cerveja que acompanhará o prato principal: A Colorado Indica.


A Índica é uma India Pale Ale, da escola inglesa, que possui amargor pronunciado e teor alcoólico de 7%. O toque brasileiro é a adição de rapadura na cerveja, que confere maior corpo a esta cerveja.

Mas vocês sabem o que é uma India Pale Ale, ou IPA? 

Com a fundação do Império Britânico, e seus grandes navios, surgiu um dos mais famosos estilos de cerveja. 

Na época da colonização da Índia pelos ingleses, os comerciantes, administradores e  soldados em serviço naquelas terras contavam com os suprimentos vindos pelo mar para abastecê-los. O comércio era controlado pela Companhia das Índias Orientais, que transportavam da Índia para a Inglaterra riquezas como especiarias, algodão, seda, tintura índigo, salitre e chá. 


Em determinado momento, já não havia muitos produtos a serem embarcados nos navios e a cerveja se tornou uma oportunidade de rendimentos estáveis. 

Hoje fala-se muito sobre o surgimento das IPAs e o fato de ter sido um movimento calculado pelas cervejarias britânicas, que a adicionavam doses extras de lúpulo às cervejas e as faziam com maior teor alcoólico com o intuito de ajudar a preservar a cerveja na viagem até a Índia, mas a história não é bem essa.

A História conta que a IPA não foi o primeiro estilo enviado nem o mais popular. Também não era conhecida por este nome até 1830. Há evidências de que outras bebidas alcoólicas já eram exportadas, como a Cidra (bebida fermentada de maçã), a cerveja Porter e uma cerveja com cerca de 2,5% de ABV (volume de álcool).

A IPA surgiu da cervejaria Hodgson's de Londres que, na década de 1750, vendia a sua cerveja October na Índia, uma Pale Ale com mais lúpulo que as demais. Era transportada em navios ao lado de outras cervejas. A dura viagem pelo mar, com mudanças constantes de temperatura à medida que os navios atravessavam o Equador, acelerava o processo de maturação. Os navios sacudiam muito, o que aumentava o contato das cervejas com os barris de carvalho. Esse movimento não afetou muito os outros estilos de cerveja, mas transformou a cerveja da Hodgson. Então se fala que a cerveja não foi feita para a viagem e sim, a viagem que fez a cerveja. 

O estilo foi aprimorado pelas cervejarias da cidade de Burton, que possuía uma água mais dura, com mais minerais, mas isso já é outra história...

As características sensoriais típicas desta cerveja são:
  • Amargor e teor alcoólico médio-alto a alto;
  • Notas de lúpulos ingleses devem estar presentes no aftertaste (retrogosto);
  • Aroma floral de lúpulo acompanhado de aroma frutado;
  • Corpo médio e presença moderada de malte.
O que esperar da Colorado Invicta: uma cerveja com corpo, amargor e teor alcoólico significativos. harmoniza muito bem com pratos condimentados e complexos.

Espero que gostem e quem experimentar, deixe aqui as suas impressões!

Até mais!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Brasil Brau

Oi pessoal!

Em 25 de junho participei do primeiro dia da Brasil Brau. Trata-se da maior feira de tecnologia na produçãõ de cerveja do país.


A Brasil Brau - Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja já se firmou não só como o maior evento profissional da indústria cervejeira no país, mas também como um encontro imperdível para todo o setor. A cada edição, o público pode conferir as novidades apresentadas pelos expositores de equipamentos, insumos e acessórios para o setor, além de provar os lançamentos das microcervejarias que participaram do Degusta Beer.

Em paralelo, o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira reúne profissionais de renome, atuantes no mercado nacional e internacional, para a apresentação de palestras e mesas redondas com novas técnicas e soluções para diversas aplicações do processo produtivo da cerveja.
Quem expõe:
- Distribuidores
- Consultorias do universo cervejeiro. 
- Fornecedores insumos e matérias primas.
- Empresas de equipamentos e processos para cadeia produtiva.
- Equipamentos para envasamento e embarrilamento.
- Cursos voltados para este mercado. 
- Sistemas de automação.
- Editoras e representantes de literatura técnica.
Quem visita:
- Profissional ligado à indústria cervejeira, seja operante da indústria ou de setores ligados à ela
- Profissionais da área de consultoria da indústria cervejeira
- Profissionais pertencentes à associações e/ou entidades do setor cervejeiro
- Profissionais de Editoras/Editorias ligadas ao setor cervejeiro

Por que expor:
- Público focado
- Grande representatividade do setor
- Networking/divulgação e lançamentos
- Presença de toda cadeia produtiva

Qual é a sua cerveja preferida?

Olá pessoal,

O tema de hoje deriva de duas perguntas que ouço com freqüência:

  1. Rosária, me diz qual é a melhor cerveja?
  2. Não entendo muito de cerveja, me indica uma?
A minha resposta é sempre "depende". Por que?

As pessoas têm gostos diferentes, sensibilidades diferentes e viveram coisas diferentes. Somos seres muito sensoriais e queremos sempre repetir experiências que nos foram prazerosas! Por isso costumo investigar que tipo de bebida a pessoa gosta antes de sugerir uma cerveja. 

Abaixo, apresento um quadro que tirei do livro "Vamos Falar de Cerveja - Um Guia Completo" da sommelier de cervejas inglesa Melissa Cole:



Não há regras fixas, nem significa que estas serão suas cervejas preferidas, mas é uma boa porta de entrada.

Vamos experimentar? Se alguém tiver alguma dúvida ou quiser dividir as suas experiências, estarei por aqui.


Até mais!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cerveja do Luis Fernando Veríssimo



Olá pessoas!

O meu primo, Rubem Penz, recentemente entrevistou o incrível Luis Fernando Veríssimo e, numa inocente troca de "posts" por aqui, me lançou o desafio de achar uma cerveja que combinasse com o escritor. Peguei a tarefa com unhas e dentes e larguei algumas vezes, mas acho que achei a cerveja com a cara do Luis Fernando!

Fiz uma lista de características e qualidades que enxergo nele e fui atrás. Espero que ele me perdoe, pois é sabido que o LFV é ateu. Entretanto, a cerveja escolhida foi uma Dopplebock.
Cerveja originariamente produzida pelos monges Paulinos, na Alemanha, tem coloração variada, mas muitas vezes apresentada na cor rubi.
Por possuir o "dobro" de malte de uma Bock, tem teor alcóolico próximo aos 10% (ABV). Bastante complexa, assim como apresenta a doçura do malte, também tem o amargor do lúpulo presente (leve).
Costuma ser bebida em estações frias, como se fosse um conhaque.
Gaúcho, doce, irônico, colorado, complexo... Sera que reconheceste o LFV aí, Mano?